Resíduos Sólidos
A produção do resíduo sólido cresceu 55% nos últimos dez anos
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) divulgou, no início de abril, o Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Domiciliares 2011. Segundo o estudo, que contém informações sobre as condições ambientais e sanitárias dos locais de tratamento e disposição final de resíduos domiciliares, a produção de resíduos no Estado aumentou 55% nos últimos dez anos. Além disso, constatou-se também que a Região Metropolitana de São Paulo já produz aproximadamente 13 mil t/dia de resíduos. O inventário de 2011 apontou que o bom desempenho do Estado de São Paulo se manteve, uma vez que 65,4% dos municípios operam em condições adequadas, o que totaliza um percentual 15 vezes maior do que o observado no primeiro estudo, em 1997. Além disso, apenas 23 dos 645 municípios paulistas estão operando em condições inadequadas. No mais, o Índice de Qualidade de Aterros de Resíduos (IQR) passou para 8,3, um salto considerável desde 1997, quando o IQR registrava 4,0. No primeiro estudo, ficou constatado que apenas 10,9% dos resíduos gerados estavam dispostos adequadamente e os municípios operando de forma inadequada representavam 77,8% do total. Hoje, 82,8% do total de resíduos sólidos estão sendo dispostos de forma adequada, e apenas 3,6% dos municípios paulistas operam inadequadamente, sendo que todos são alvos de ações corretivas da Cetesb, para adequar a situação dos mesmos.
Com tudo, observa-se que a quantidade de resíduos sólidos doméstico vem aumentando a cada dia, e que a qualidade dos aterros sanitários no Estado de São Paulo está melhorando, mas fica uma pergunta, até quando vamos continuar investindo nesse tipo de disposição de resíduos e será que esse é o melhor método para se disponibilizar-los? Pois vai chegar um momento em que não teremos mais terrenos adequados para a construção de aterro sanitário.
Ressalta-se ainda que, esse aumento na quantidade de resíduo sólido doméstico refere-se apenas ao que são destinados aos aterros sanitários, não sendo calculado os resíduos que são descartados inadequadamente nos grandes centros urbanos em terrenos baldios, em passeios e vias públicos que vem aumentando nos últimos anos, portanto o aumento da produção de resíduo pode ser bem maior. E esse descarte ilegal de resíduo tem como conseqüência a proliferação de pragas urbanas, como por exemplo, os roedores, que encontram nesses locais uma grande oferta de alimento e abrigo e não possui predador natural, e essa situação, dificulta muito o controle desses animais no local. Diante dos fatos, pode-se concluir que o próprio homem está contribuindo para a proliferação dos animais sinantrópicos nos grandes centros urbanos, através do desequilíbrio ambiental. Por tanto, é preciso ter consciência do nosso papel dentro do ecossistema, e não causarmos mais impactos ambientais negativos do que temos atualmente.
